No contexto de um e-commerce, a descrição de um produto vai muito além de listar informações — ela explica de forma clara como o item funciona, quais são seus diferenciais e benefícios, e ajuda quem navega a entender como ele pode fazer diferença no dia a dia.
Por isso, é essencial que o conteúdo seja bem estruturado, transmitindo o valor do produto e conduzindo o público até a decisão de compra. Mas afinal, como criar uma descrição realmente eficaz? E o que não pode ficar de fora?
Neste artigo, preparamos um guia completo sobre descrição de produto: você vai aprender a organizar o conteúdo, mostrar os principais benefícios, deixar o texto amigável para SEO, escrever de forma persuasiva e ainda conferir exemplos para aplicar na sua loja virtual. Acompanhe!
O que é uma descrição de produto?
A descrição de produto é o texto que apresenta um item de forma clara, detalhando suas principais características, benefícios, formas de uso, entre outros aspectos técnicos. Seu papel é ajudar quem está comprando a entender exatamente o que está adquirindo e se o produto realmente atende ao que precisa.
Porém, mais do que informar, esse tipo de conteúdo para e-commerce precisa despertar interesse. Isso significa destacar os pontos que tornam o item relevante, conectando suas qualidades ao que o público realmente busca.
Descrição de produto vs. descrição de serviços: qual a diferença?
Descrição de produto e descrição de serviço são conceitos básicos no marketing e nos negócios, mas que podem gerar dúvidas principalmente sobre como cada um deve ser apresentado e comunicado. Confira a seguir as principais diferenças entre eles:
- Descrição de produto: produtos são tangíveis, ou seja, têm forma física. Por isso, a ênfase da descrição está nas características e especificações, destacando de forma clara as qualidades e funcionalidades do item.
- Descrição de serviços: serviços não têm forma física e envolvem ações ou experiências. Por isso, a descrição foca nos benefícios, resultados e na experiência que a pessoa terá, mostrando o valor do que está sendo oferecido.
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Descrição de produto para e-commerce: o que não pode faltar?
Uma boa descrição de produto é a ponte que leva as pessoas do interesse à ação. Para informar, engajar e, principalmente, vender, ela deve conter alguns elementos indispensáveis:
- Título claro e objetivo: o título chama atenção e mostra o principal benefício ou diferencial do produto. Pensando no SEO para páginas de produto, é importante incluir a palavra-chave principal, de preferência cauda longa (long-tail keywords), que representam a intenção específica de compra e características do produto como cor, modelo e marca.
- Características principais: inclua informações sobre uso, tamanho, cor e outros detalhes importantes que ajudem o público a visualizar o produto. Uma boa dica é apresentar esses pontos em bullet points, para facilitar a leitura. Outro formato possível são as tabelas, tanto para resumo técnico do produto quanto para comparativos.
- Benefícios: ao criar um conteúdo para produto, é importante explicar como ele resolve um problema ou melhora a experiência do dia a dia. Esse tipo de informação ajuda o público a entender claramente o valor do produto e por que vale a pena escolhê-lo.
- Diferenciais e prova social: inclua avaliações, depoimentos ou selos de confiança para aumentar a credibilidade. Esses elementos mostram que outras pessoas aprovam o produto e ajudam a gerar confiança no público.
- Call to Action (CTA): incentive o público a comprar, adicionar ao carrinho ou saber mais. Frases como “Compre agora e receba em 24h”, “Adicione ao carrinho” ou “Saiba mais” são exemplos que ajudam a estimular a ação. É interessante incluir esses ganchos diretamente na página de produto, destacando as vantagens de comprar no site.
- Casos de uso: utilize exemplos de aplicações do produto, para o que ele serve, quando ele pode ser utilizado, para quais tipos de caso ele é recomendado e quais problemas ele vai resolver ou facilitar. Lembre-se que nem todo produto serve para todo mundo. Colocando esses exemplos, você redireciona os resultados das buscas para um público qualificado.
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Como fazer descrição de produto?
Saber o que incluir na descrição é metade do caminho. A outra metade é saber como estruturar e redigir o conteúdo para páginas de produto de forma que ele realmente converta.
Isso porque uma boa descrição não serve apenas para informar, mas para engajar e incentivar a compra. Cada produto e público têm suas particularidades, mas, de modo geral, é importante seguir alguns passos básicos:
Passo 01: pesquisa e imersão
Antes de começar a escrever, é fundamental conhecer quem está do outro lado da compra. Isso envolve se aprofundar nas informações sobre a marca, o público e o que está sendo oferecido. Aqui, é preciso “investigar” o que as pessoas buscam, quais dificuldades enfrentam e quais soluções esperam encontrar.
Depois, vem a análise do seu produto: materiais, dimensões, cores, formas de uso e diferenciais. Em vez de apenas listar características técnicas, uma dica é “traduzir” cada uma em benefícios reais — mostrando como o item pode facilitar, melhorar ou transformar a experiência de quem o utiliza.
Passo 02: linguagem e tom do conteúdo
Agora é hora de definir como sua marca vai se comunicar. Com base na pesquisa e imersão do passo 01, pense em qual “voz” representa melhor a identidade da marca: mais formal ou descontraída, leve ou técnica, divertida ou séria.
O mais importante é manter a coerência em todos os textos e garantir que a linguagem converse realmente com o perfil do público definido.
E lembrando: o foco não é só listar características, e sim mostrar como o produto resolve um problema ou facilita a vida de quem o usa. Por exemplo, em vez de dizer apenas “bateria de longa duração”, vale destacar que isso permite usar o dispositivo o dia inteiro sem precisar se preocupar em recarregar.
Passo 03: estrutura e arquitetura do texto
No terceiro passo, o objetivo é montar o conteúdo de forma clara e envolvente. O foco aqui é garantir que a leitura seja fácil e fluida, e que as informações mais importantes fiquem em destaque.
Um conceito essencial nesse processo é o da escaneabilidade, ou seja, a capacidade de o texto ser rapidamente “escaneado” pelos olhos de quem lê. A ideia é facilitar a navegação, permitindo que a pessoa encontre o que procura sem esforço.
Para isso, prefira frases e parágrafos curtos (com até 3 ou 4 linhas) e evite blocos longos de texto. Adapte o vocabulário ao nível de compreensão do público e fuja de termos técnicos desnecessários.
Outra boa prática é usar intertítulos (ou subtítulos) para dividir o conteúdo, como: “Detalhes técnicos” e “Modo de uso”; isso ajuda na leitura e deixa o texto visualmente mais leve.
Por fim, uma ótima base para começar a estruturar o conteúdo é o modelo AIDA — Atenção, Interesse, Desejo e Ação, que ajuda a organizar as ideias de forma estratégica na hierarquia da informação:
- Atenção: chame a curiosidade com um título atrativo.
- Interesse: destaque informações que despertem identificação.
- Desejo: mostre os benefícios de forma envolvente.
- Ação: termine com um convite claro para comprar, experimentar ou saber mais.
Passo 04: provas sociais e mídias
O objetivo desse passo é construir confiança e reduzir o risco percebido na compra. Afinal, as pessoas costumam confiar mais nas opiniões de quem já comprou do que nas mensagens divulgadas pela marca.
Por isso, vale incluir o que chamamos de provas sociais — recursos que servem como gatilhos de credibilidade. Alguns exemplos são:
- Avaliações: apresente a média de estrelas e comentários que mostrem experiências reais.
- Resultados: mencione dados que comprovem credibilidade, como “mais de 10 mil compras realizadas”.
- Certificações: inclua selos que validem qualidade ou segurança, como “vegano” ou “dermatologicamente testado”.
- Conteúdo real: mostre fotos e vídeos de pessoas utilizando o produto no dia a dia.
Passo 05: chamada para ação (CTA)
Por fim, chega o momento da Call to Action. Ou, em bom português, a chamada para ação. Esse é o ponto alto da descrição: o convite direto que orienta a próxima etapa da compra.
A ideia é encerrar com clareza e senso de urgência, deixando evidente qual deve ser o próximo passo. Sempre que fizer sentido, finalize com um comando direto, usando verbos no imperativo, como “compre agora”, “adicionar ao carrinho” ou “saiba mais”.
Também é essencial que a CTA acompanhe o tom de voz definido no passo 01 e se integre de forma natural ao conteúdo, reforçando a proposta central e finalizando o conteúdo de maneira coesa.
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Exemplo de descrição de produto não otimizada
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Camiseta casual de ótima qualidade. Perfeita para o dia a dia. Uma peça que não pode faltar no seu guarda-roupa.
Exemplo de descrição de produto otimizada
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- Composição: 100% Algodão Pima.
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Como otimizar páginas de produto: dicas práticas de SEO
No mercado de e-commerce, não basta somente que o produto apareça no Google — é preciso que ele chame atenção e leve à compra. Nesse sentido, aplicar boas práticas de SEO na página de produto (PDP) é uma ferramenta importante para atrair o público certo.
A seguir, veja algumas dicas para otimizar suas páginas e aumentar as chances de conversão:
1. Insira de palavras-chave no título, meta description e headings
Usar palavras-chave de forma estratégica é o primeiro passo para que a página de produto apareça nas buscas certas. Isso envolve pesquisar os termos que o público realmente usa e incorporá-los de maneira natural e conversacional no título, na meta description e nos headings ao longo do conteúdo.
Para facilitar a pesquisa, use ferramentas como SEMrush, Ubersuggest, Google Trends, Keyword Planner e outras, que ajudam a identificar as palavras mais buscadas e relevantes para o seu nicho.
Nesse processo, vale lembrar que otimizar não é apenas repetir termos — é também entender como humanizar conteúdos. Além de melhorar o posicionamento nos mecanismos de busca, um conteúdo bem otimizado aumenta a visibilidade da marca e atrai tráfego qualificado, ou seja, pessoas já interessadas no que está sendo oferecido.
2. Use de bullet points e descrições objetivas
A otimização não é feita só para o Google — ela existe, principalmente, para quem lê e compra. O buscador valoriza textos claros e bem estruturados, mas é a pessoa que toma a decisão final. Como o Google também prefere páginas que agradam às pessoas, focar nelas é o caminho.
Por isso, vale aplicar o conceito de escaneabilidade usando bullet points, que organizam as informações e deixam o texto mais leve. Nesse formato, destaque características técnicas (como dimensões e material) e benefícios práticos (o que o produto resolve) de maneira direta e visual, facilitando a compreensão.
E lembre-se da objetividade: dizer muito com poucas palavras, destacando o que realmente importa para quem está prestes a comprar.
3. Otimize imagens e URLs
Manter as mídias e URLs otimizadas é essencial não só para melhorar o SEO, mas também para garantir uma navegação rápida e acessível. Reduzir o peso dos arquivos ajuda no tempo de carregamento da página, um fator decisivo tanto para o ranqueamento quanto para a experiência de quem visita o site.
Use o atributo ALT (texto alternativo) para descrever as imagens de forma clara e incluir a palavra-chave principal quando fizer sentido. Já nas URLs, prefira estruturas curtas e diretas, evitando códigos ou termos genéricos.
Para garantir que tudo esteja otimizado, vale usar um crawler (ferramenta de rastreamento de sites), como o Screaming Frog, que faz uma varredura no site e aponta falhas em imagens, links e URLs, facilitando possíveis ajustes.
Leia também: Boas práticas para otimização de imagens – como escolher, formatar e otimizar?
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